terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Resenha: Claros Sinais de Loucura



Título: Claros Sinais de Loucura
Autora: Karen Harrington
ISBN: 9788580575071
Editora: Intrínseca 



Claros Sinais de Loucura, romance de estreia da escritora Karen Harrington, conta a história de Sarah Nelson, uma garota de praticamente 12 anos que "coleciona" palavras do dicionário e tem uma planta como melhor amiga.
Desde muito pequena, Sarah teve de se acostumar à uma vida cheia de mudanças. Ela e seu pai vivem se mudando de cidade, isso ocorre porque quando a nossa protagonista era apenas um bebê, sua mãe tentou afogá-la junto com o seu irmão gêmeo, que morreu na hora. O fato acaba sempre voltando a ter repercussão na mídia e os dois viram alvo de fofoca e perseguição de repórteres. A tragédia acaba gerando um grande impacto na vida de Sarah e de seu pai, Tom Nelson, que ao passar dos anos se torna alcoólatra. 
Sarah não sabe nada a respeito da mãe,com exceção de que ela é louca e que está internada numa clínica psiquiátrica desde o ocorrido, e também não pode esperar nada demais do pai, que se rendeu ao álcool já há alguns anos. A jovem tem medo de ter herdado a loucura de sua mãe e procura em si mesma os claros sinais de loucura.
"Como sempre, tenho que descobrir as coisas por conta própria e responder às perguntas que o meu cérebro inventa. Se você quer saber, estou à procura de qualquer sinal de estar enlouquecendo. Quanto mais informação eu tiver, melhor poderei me defender do mundo, do cérebro dentro de mim que pode ou não ser igual ao dela."
Um fato interessante sobre o livro, é que a narrativa feita por uma criança, dá um ar diferente a temas fortes como alcoolismo e loucura, é possível compreender e se comover  com a visão de Sarah sobre os temas abordados bem como os seus medos. 
Contudo, a mensagem passada pelo livro é aplicável a todos. A personagem aprende ao longo da história, que não podemos escolher de onde viemos, ou nossa árvore genealógica, mas podemos fazer escolhas mais importantes, escolhas essas que acabam por, de fato, nos definir.
"É engraçado como eu não sabia que era só um monte de peças soltas até que alguém me abraçou."

Nenhum comentário:

Postar um comentário