sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Resenha: Fake - Felipe Barenco

Título: Fake
Autor: Felipe Barenco
ISBN: 9788568148-00-6
Editora: Umô

"Téo está prestes a completar vinte anos e foi aprovado para o curso de Direito. Não bastasse a euforia em começar a faculdade, ele conhece Davi, um garoto que acabou de chegar ao Rio de Janeiro para ser ator. Os dois se apaixonam, mas como o mundo real costuma ser um pouquinho menos perfeito do que as comédias românticas, quanto mais Téo se aproxima do rapaz, mais descobre que não sabe nada sobre ele. Além disso, o livro fala sobre a descoberta da sexualidade e retrata os dilemas de seu protagonista para se assumir gay dentro de casa. Como contar aos pais? Será que precisa mesmo? Existe um momento certo para contar? Ou será que todos já sabem? São tantas perguntas! Por que se assumir é tão fácil para todo mundo e tão difícil pro Téo?"

Fake é o romance de estreia de Felipe Barenco e faz parte da literatura YA. É uma história sobre o desafiador processo de descoberta da própria sexualidade e do amor naquela fase da vida em que você não sabe se é jovem ou adulto. É o romance de estreia de Felipe Barenco, que já entrou no mundo da escrita com o pé direito.

É um livro bastante divertido e ao mesmo tempo cheio de emoção, ambos os sentimentos são balanceados de forma muito inteligente pelo autor, que nos deixa apaixonados a cada página virada.
Foi o meu primeiro YA de um autor brasileiro, e valeu muito a pena ter começado por ele, digno de 5 estrelas.

A linguagem usada no livro é bem leve e de fácil entendimento, sem muita enrolação. O livro tem apenas 264 páginas, mas que não deixam nada a desejar. E além de tudo, tem quotes ótimas.


"Tentei conviver com Davi como bons amigos. Mas se você também já se apaixonou, provavelmente vai entender o que eu senti. Eis a minha defesa: consta no Art. 13 da Constituição Amorosa que A paixão é infantil; sempre que você diz a ela que não pode acontecer, o efeito é inverso. O desejo de concretizá-la aumenta.

"Antes de nascer, Deus me perguntou: 'Téo, você quer ser platônico ou daltônico?'. Eu respondi rápido, me achando muito esperto: 'Daltônico não, não quero ver o mundo em preto e branco'. Então, Ele se vingou de mim e disse: 'Vai, Téo, siga platônico. E esteja fadado a enxergar a cor onde simplesmente não existe.'"

PS: Parem com esse preconceito bobo de que romances gays só podem ser lidos por gays. Ler um romance homossexual não vai te tornar um, quem converte é padre :)

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